A Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro promove, na entrada do seu edifício-sede, a exposição de itens da Coleção Francisco Campos, alguns deles com dedicatórias dos autores, tais como Afonso Arinos, San Tiago Dantas, Paulo Dourado de Gusmão e Paulo Bonavides.

Entre as obras expostas, encontram-se preciosidades, como um dicionário de mitologia (“Bell’s New Pantheon or Historical Dictionary of the Gods, Demi-Gods, Heroes and fabulous personages of Antiquity”, Londres, 1790) e obras jurídicas do século XIX, como o livro de Bagehot, “La Constitution Anglaise”, Paris, 1869, e o de Warnkoenig, “Institutiones Juris Romani Privati”, Bonn, 1834.

Também está exposto um livro de autoria do General Lyra Tavares, intitulado “Segurança Nacional”, com extensa dedicatória ao professor Francisco Campos, datada de fevereiro de 1966, durante o regime militar.

Francisco Campos nasceu em 1891, em Minas Gerais. Graduou-se em Direito pela Faculdade Livre de Direito de Belo Horizonte, iniciando as atividades políticas em 1919, como Deputado Estadual, pelo Partido Republicano Mineiro. Dirigiu o Ministério da Educação e Saúde. Em 1933, foi nomeado Consultor-Geral da República. Como Ministro da Justiça, foi encarregado, por Getúlio Vargas, de elaborar a Constituição de 1937, cujo anteprojeto, datilografado e com anotações a lápis pelo autor, integra o acervo da Biblioteca da Procuradoria. Destacou-se também na criação de um novo Código Penal e um Código de Processo Penal para o Brasil. Faleceu em 1968.

O acervo, composto por cerca de 2.700 livros, foi incorporado à Biblioteca da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro entre 1971 e 1974.